Compositor: Ruki / The Gazette
Até onde vai a distorção?
Leve-me para longe?
Fecho meus olhos para as esculturas sem significado do tempo
E fito meus instintos infrutíferos
Engulo o néctar dos cinco sentidos que eu desejava
A angústia e o conforto transformam-se em cascas vazias
Buscando um ideal vívido demais, caí em um mar de escombros
Notando que era eu quem caíra ali
Afogo-me no desejo sem poder mais voltar
Olhando para o céu, lembrei-me dos tempos de alegria
O céu agora é cinzento e imutável
Até uma flor que nasceu de escombros um dia também murchará
Se eu abstrair minha visão, um dia tudo desaparecerá
A paisagem a se distorcer zomba de mim
O futuro indistinto adiante é uma sombra do que foi "a criação"?
Como não posso fazer nada neste estado decaído
Mergulho nesta realidade deformada
Se você levar-se pelo fluxo imitando os outros
Verá o céu se clarear?
Buscando um ideal vívido demais, caí em um mar de escombros
O pensamento que se reflete em meus olhos é intocável
Sem notar, meu coração absorveu contradições
Se eu abstrair minha visão, um dia tudo desaparecerá
Até este pequeno fragmento de "imaginação" que me resta será esquecido
O tempo se esgota
E tudo continua distorcido...
O futuro indistinto adiante é uma sombra do que foi a "criação"?
Ou serão minhas contradições?